Estudar a liturgia é aprofundar a fé e a ação cristã. É conhecer para rezar melhor. É comprometer-se com o Mistério Pascal de Jesus Cristo no cotidiano.
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
sexta-feira, 4 de setembro de 2020
23º Domingo do Tempo Comum
O Evangelho desse final de semana apresenta-nos a dinâmica
do amor que corrige, ou seja, que rege com o(s) outro(s) a vida. Não se trata
de “intrometer-se” na vida alheia, mas de ter ouvidos atentos à Boa Nova do
Senhor, que indica o caminho da vida.
Quando alguém erra, corta a ligação com a Palavra, busca-se
na regência fraterna, conduzi-lo novamente à comunhão. Nesse processo é dado à
Comunidade o mesmo poder que foi dado a Pedro, ligar e desligar.
Na profecia de Ezequiel aparece a corresponsabilidade profética
com o que erra, pois na omissão da profecia o erro recai sobre quem deveria ter
ajudado o outro a tornar ao caminho de Deus. Há uma corresponsabilidade no
processo de salvação, como há uma cumplicidade na perpetuação dos erros.
É a partir disso que podemos entender a reflexão paulina do
amor. Quem ama se importa com a(s) pessoa(s) amadas, entrando na vida dela(s)
com a força do amor, com a presença do Senhor.
Não se trata, porém, somente de palavras bonitas e
interpessoais. O amor, a doação da própria vida pelos outros, como fez o
Senhor, exige transformação, exige a volta ao caminho de Deus, à comunhão de
pessoas e de comunidades.
Olhando para nossa sociedade, temos muito que fazer: há
excluídos da comunhão, há falsificação da vontade de Deus, há desinteresse pelos
outros... Há silenciamento diante do mal e do erro...