sexta-feira, 4 de setembro de 2020

23º Domingo do Tempo Comum

 

O Evangelho desse final de semana apresenta-nos a dinâmica do amor que corrige, ou seja, que rege com o(s) outro(s) a vida. Não se trata de “intrometer-se” na vida alheia, mas de ter ouvidos atentos à Boa Nova do Senhor, que indica o caminho da vida.

Quando alguém erra, corta a ligação com a Palavra, busca-se na regência fraterna, conduzi-lo novamente à comunhão. Nesse processo é dado à Comunidade o mesmo poder que foi dado a Pedro, ligar e desligar.

Na profecia de Ezequiel aparece a corresponsabilidade profética com o que erra, pois na omissão da profecia o erro recai sobre quem deveria ter ajudado o outro a tornar ao caminho de Deus. Há uma corresponsabilidade no processo de salvação, como há uma cumplicidade na perpetuação dos erros.

É a partir disso que podemos entender a reflexão paulina do amor. Quem ama se importa com a(s) pessoa(s) amadas, entrando na vida dela(s) com a força do amor, com a presença do Senhor.

Não se trata, porém, somente de palavras bonitas e interpessoais. O amor, a doação da própria vida pelos outros, como fez o Senhor, exige transformação, exige a volta ao caminho de Deus, à comunhão de pessoas e de comunidades.

Olhando para nossa sociedade, temos muito que fazer: há excluídos da comunhão, há falsificação da vontade de Deus, há desinteresse pelos outros... Há silenciamento diante do mal e do erro...

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